28 de maio de 2010

Culturando um pouco



Quem me conhece sabe que sou completamente alucianda pela história dos anos de 1960 e 1970. Toda cultura que eles respiravam na época, a arte que se contemplava, a MODA que se erguia caracterizando toda uma geração, a vontade de gritar e soltar o verbo sendo mostrado através da música, festival de WOODSTOCK, enfim... Estou lendo um livro que indico a qualquer pessoa que goste e se interesse por História, o título é:

"1968 - ELES SÓ QUERIAM MUDAR O MUNDO"

Esse livro conta detalhadamente sobre coisas que fizeram o mundo de hoje chegar aonde estar devido a diversos acontecimentos durantes décadas passadas que se enfatizaram, principalmente, em 1960, mais precisamente em 1968.
Guerras, revoluções, TROPICALISMO, cultura exarcebada, muita, mais muita música, MODA, teatro, arte e qualquer tipo de expressão que devido a ditadura eram reprimidas e censuradas.
Posso dizer que ainda estou no início dele na qual já me prendeu o suficiente para entender melhor o que aconteceu na época dos meus avós e pais.
Quero falar sobre a MODA da época, mas vai ficar enjoativa a leitura já que não posso deixar de falar hoje sobre ele, o mestre CHICO. Então MODA será cena dos próximos capítulos.

Trecho do livro:
Capítulo: JANEIRO
BRASIL RODA-VIVA
"A criação cultural no Brasil estava em ebulição, embora enfrentasse uma atuante censura desde o golpe de 1964 e o país se encontrasse em plena ditadura. Mas o ambiente cultural vinha de anos férteis e criativos em que as artes dialogaram como nunca entre si, refletindo conscientização política e desejo de transformação. O Cinema Novo criara uma estética inovadora no Brasil. O teatro revolucionara a cena artística no Rio e em São Paulo. A música se encarregava do protesto mais explícito e o público pedia mais. Nas artes plásticas, textos, imagens e objetos passaram a ser referências da nova arte conceitual, que valorizava a obra por si só. Era um tempo em que a arte tinha que ter opinião. E tinha.
A música, mais forte do que nunca, vinha de um ano pleno, com artistas que se firmariam no cenário musical até os dias de hoje. Para se ter uma idéia, sua força era tanta que, numa mesma edição do Festival da Record, em 1967, consagraram-se canções emblemáticas como "Ponteio", de Edu Lobo e Capinam; "Roda Viva", de Chico Buarque; "Domingo no parque", de Gilberto Gil; "Alegria Alegria", de Caetano Veloso; "Eu e a brisa", de Johnny Alf. O solo estava arado. Em 1968, dentro e fora dos festivais, as canções de protesto ganhariam espaço e se multiplicariam.
Oprimidos pela censura, intelectuais e artistas provocaram as autoridades. Chico Buarque se afastava da imagem de bom garoto que ganhara com "A banda", em 1966, e sacudia o teatro com a primeira peça de sua autoria, RODA VIVA. Com a direção de Zé Celso tornava o espetáculo polêmico e histórico, por usar peça como pretexto para a construção de um espetáculo-manifesto ao qual chamava de teatro de agressão. Chico não se opôs a livre criação do diretor. Na segunda montagem de RODA VIVA, militantes do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), junto com policiais, invadiram o Teatro espancando artistas, público e destruindo cenário, figurinos e equipamento técnico."
Bom o resto comprem o livro que e interessantíssimo. Depois falo da MODA dessa época com um pararelo da moda européia e suas influências.

Beijos e Cidadeeee eu te amo!

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