29 de julho de 2010


Há tempos não escrevo. Talvez por medidas de segurança ou o inverso dela, ou até mesmo a sensibilidade à flor da pele. Completei mais um mês de Inglaterra e já sou outra. Posso afirmar, com toda a convicção que, se voltasse hoje ao Brasil eu não seria mais a mesma.
Aqui, longe de tudo, percebi que não troco um bom jantar familiar por uma mesa de bar banal, nem mesmo minhas moedas por cervejas geladas que me dão mal-estar no dia seguinte e muito menos deixo de me permitir e enxergar a vida como ela é: maravilhosamente LINDA!
A responsabilidade e a disciplina se juntaram a mim! Aprendi a controlar meus impulsos, porém um dia posso explodir, eu sei.
Os meus pontos de vistas são meus e ponto, ninguém vai mudar e a hipocrisía das pessoas não me é tolerante, nem vai ser!
Odeio quem não se permite, quem não vê que depois desse plano não sabemos o que nos espera. Odeio quem leva a vida completamente a sério. Posso até estar levando um pouco mais agora, o que de fato está sendo necessário para alcançar o que vim buscar aqui, porém não deixo de sorrir ao vento, de fazer umas maluquices de vez enquando e ter meus cinco minutos de loucura por dia. Odeio falsos moralistas que se desesperam por atos já vividos ou feitos, na qual hoje se repuguina.
O tempo está correndo e com ele só a minha vontade.
Não sei o que a vida quer de mim, mas sei exatamente o que eu quero dela e o que vou conseguir!


"Eles podem cortar todas as flores, mas nao impedirao a chegada da primavera."
.(Luther King - Líder dos Panteras Negras em 1968).

20 de julho de 2010


Aos que se incomodam com a felicidade
Aos que se incomodam com o amor
Aos que se incomodam com a beleza
Aos que se incomodam com a vida
Aos que se incomodam com risos
Ainda me resta muito tempo para incomodar, e só devo sentir muito a quem incomodo!

"E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrario: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda"

Vamos deixar de lado mentalidades pequenas, abrir a mente, a cabeça, e ignorar pequenas ações desumanas.

"Desabotoe seu cérebro tantas vezes quanto sua braguilha"

11 de julho de 2010


Tenho às vezes vontade de ser novamente uma menina e na hora do meu desespero gritar por você
Te pedir que me abrace
E me leve de volta pra casa
E me conte uma história bonita
E me faça dormir
Só queria ouvir sua voz
Me dizendo sorrindo
Aproveite o seu tempo
Você ainda é uma menina
Apesar de distância e do tempo
Eu não posso esconder
Tudo isso eu às vezes preciso escutar de você
Mamãe, me leve pra casa
Mamãe, me conta uma história
Mamãe, me faça dormir
Mamãe
Mamãe, me leve pra casa
Mamãe, me abrace forte
Mamãe, me faça dormir
Mamãe
Quantas vezes me sinto perdidA
No meio da noite
Com problemas e angústias
Que só gente grande é que tem
Me afagando os cabelos
Você certamente diria
Amanhã de manhã você vai se sair muito bem
Quando eu era criança
Podia chorar nos seus braços
E ouvir tanta coisa bonita
Na minha aflição
Nos momentos alegres
Sentada ao seu lado, eu sorria
E, nas horas difíceis
Podia apertar sua mão
Tenho às vezes vontade de ser
Novamente uma menina
Muito embora você sempre acha que eu ainda sou
Toda vez que eu te abraço e te beijo
Sem nada dizer
Você diz tudo que eu preciso
Escutar de você....


.(REI ROBERTO).

7 de julho de 2010

Viva!


Se Agenor ainda estivesse em vida, continuaria anarquista e polêmico, tomando seu whisquezinho e fumando seu Hollywood. Seguiria disparando sua metralhadora cheia de mágoas. Já teria escrito um livro de poesias ou memórias, feito algo como ator ou escrito uma peça. Estaria feliz com o mundo avançando na questão dos relacionamentos gays. Gostava de sair à noite, beber, fumar, ver o sol nascer na praia. Isso não mudaria. Administraria melhor o tempo para dar conta de tudo, porque ‘o tempo não para’.



"O que mais me choca em Cazuza, suas letras, é que ele é familiar. É brega, mas diz de um jeito que você não sente vergonha de assumir. É indignado com a miséria brasileira, mas põe luxo no lixo que é berrar da arquibancada. É escandalosamente lírico, mas embute o rococó num modelito moderninho. É ele mesmo sempre, mas te dá a sensação que é você ou o zé da esquina. Tenho a impressão que é por caminhar bailarino por atalhos, frestas e vias expressas já tantas vezes caminhadas por todos, e mesmo assim criar o novo, o insólito, o original, que Cazuza consegue fazer a mágica de gerar uma grande poesia. Porque poesia, quando é boa, é assim mesmo, igual a vida: todo dia é igual ao outro, mas soa no coração como único, definitivo, especial."

.(Autor desconhecido).

20 anos sem meu amor!