15 de março de 2010

...Dez...


O tempo esta passando, as coisas continuam no mesmo lugar, as pessoas da mesma maneira, e o meu senso de observação aguçado. Parece que minha cabeça virou uma máquina fotográfica ou uma filmadora de mil gigas. Tudo está sendo computado, guardado, mas não sei se bem aproveitado. To feliz!
Não há tristeza, só alegria, nervosismo, medo, mas a contra-ponto, muita coragem.
Estou lendo Caio Fernando Abreu, não sei ainda o que ele significa, mas suas carapuças caem certas sobre mim. To tentando decifrá-lo, entende-lo, interpretá-lo, às vezes consigo, às vezes não, na maioria sim. Só não sei porque demorei tanto para comprar um livro seu!

Medo: Não há mais medo!




"Mudei muito, e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado"

8 de março de 2010

...17 dias...


Nunca pensei em escrever e principalmente sentir isso, mas a cada dia que passa percebo o quanto gosto de Belém. O vento, o calor, a chuvinha de tarde, o clima, essa receptividade, tudo! Apesar de sempre reclamar daqui, hoje percebo o quanto os lugares e cada ponto e esquina são bonitos e tem um ar de colonia portuguesa, de Belle Epoque, romantismo. Ontem, Domingo, sentada no Dom Visconde, logo depois do almoço, tive o prazer de tomar um chopinho e bater um papo, com a mais incrível sensação que era um vento maravilhoso tomando conta de mim, do meu rosto e esvoaçando meus longos cabelos curtos. Olhando, alí, a Doca, o sol batendo entre um prédio e outro, o céu azul, bem azul.

Medo: o avião!!!!!

"Não sei, deixo rolar. Vou olhar os caminhos, o que tiver mais coração, eu sigo. Por isso, venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração."

5 de março de 2010

...Doze anos de...


Não sei, mais to tentando aproveitar ao máximo meus dias por aqui, ainda mais com as pessoas que eu amo e que não sairão da minha vida facilmente. Hoje, faltando exatos vinte dias para ir para um lugar tão distante e depois de doze anos estou, mais uma vez ao lado de uma irmã comemorando seu vigésimo terceiro aniversário.
Tudo começou quando éramos menininhas desprotegidas, sem responsabilidade alguma, lá pela quinta série do ensino fundamental, uma loirinha de cabelos longos e trançados tipicos de princesas de contos de fada, olhos cintilantes, puxando um carrinho com os desenhos dos Dalmatas, entrava na primeira porta do corredor a esquerda subindo a escada grande, perto da coordenação, a temível sala de aula, e eu, uma moreninha beeeem magrinha, do cabelo liso de indiazinha, dos olhos de amêndoa mas sem lembrar da capa do meu caderno e da mochila que eu carrega, vi essa loirinha chegar, sem mesmo saber no que ia dar. Depois continuei vendo ela entrar na mesma sala de aula na sexta série, sétima série, oitava, primeiro ano do segundo grau e assim foi, e muitas mais muitas histórias para contar. Desde o primeiro beijo no menino da escola, pelas primeiras lágrimas de amor derramadas, a primeira viagem sozinhas, os aniversários no sítio, o primeiro namoro, a primeira vez, as agendas, as músicas que ficaram marcadas, o primeiro porre, o primeiro cigarro, a primeira boite, o primeiro show, o primeiro namorado, a primeira decepção, os puxões de orelha para um estudo apertado de química orgânica e enfim a primeira das duas únicas brigas que tivemos ao longo desses anos e quem diria, no final de tanta afinidade, amor e paixão, a descoberta de uma árvore genealógica, e o parentesco assumido. Depois a faculdade, a responsabilidade, as cagadas, a independência, a tão sonhada independência, as dificuldades, a formação acadêmica e os sonhos que agora só dependem dos nossos esforços para serem realizados e a distância que está chegando para nos separar fisicamente e não nossos corações e nossas lembranças que guardam tudo que nos foi permitido e vivido.


Medo: a distância!!!!

¬Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar.¬

3 de março de 2010

Start


Bom, iniciando meu blog hoje e não sei quando volto a escrever, já que minha intenção é compartilhar experiências e minha nova vida daqui a vinte e dois dias. Meus medos, alegrias, trabalhos, choros, decepções e muita, mais muita felicidade na qual meu futuro me dará! Então é isso aqui compartilharei com vocês, meus amigos, minha transparente vida!